sábado, 1 de abril de 2006

Estou cá, mas estou lá.


Estou cá, mas parece que não estou. Meus pensamentos já levantaram voo, furo pelas nuvens cinzentas que pesadamente ameaçam todos que se encontram debaixo delas e sobre elas levito, sentido os raios de sol que para lá me esperam. Sacio a minha sede de calor e sinto uma nova força a difundir-se através da minha epiderme. Começa a derreter o espesso manto de gelo, que envolvia meu corpo, meu espirito, minha alma, enfim ficarei livre e poderei respirar. Respiro, Inspiro, Expiro, preencho os meus pulmões com este ar cristalino, deixo meu sangue levar cada átomo de Oxigénio até ao último recanto de mim e me novamente preencher deste néctar doce da vida. Viverei, por quanto tempo não sei, mas quero gulosamente deliciar-me em cada momento, absorver o mundo em mim, para quando chegar o momento final poder satisfeito da vida adormecer. Adormecer sossegadamente no sono eterno do tempo sem fim.Mas até lá, viverei.

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