terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

Iogurte...

Tinha tirado um iogurte do frigorífico, detesto iogurtes demasiado frios. Coloquei em cima da mesa e enquanto ele se ia ambientando a climas mais amenos fui aproveitando o tempo para rever umas matérias que tinha dado nas aulas. O tempo foi passando, a tarde ia escurecendo e com toda agonia entre conversões e avanços, estados isotérmicos e estados estacionários fui me esquecendo completamente do solidário iogurte, capaz de me confortar o desejo de algo doce e macio.
Mais tarde voltei novamente à cozinha, já não lembrava da minha anterior ida. O iogurte ainda esperava por mim, ansiava a minha chegada, o momento de dar à sua breve existência neste mundo o significado nobre de me estimular as papilas degustativas antes que o prazo de validade o levasse para longe. Cheguei e lhe apenas concedi um breve olhar, ainda vacilei, mas já não me apetecia. Já eram horas de jantar e o apetite era para outro tipo de sabores...
O que me aconteceu é algo banal, acontece todos dias e a qualquer um até à vizinha do 3º Esquerdo -se tivesse uma vizinha, mas achei simpático colocar- que diz que isso tudo são modernices e que antigamente era tudo melhor. No entanto nesta história banal, demasida insignificante para este blog esconde um cerne de verdade.
Quantas vezes notamos uma proximidade, uma apetência -so para manter a analogia do iogurte- para com outras pessoa e achamos que não é o momento certo. Ou é por que está demasiado frio -o iogurte- ou por que nos não apetece -novamente o iogurte- e deixamos para mais tarde, para uma época mais oportuna. Só no entanto o tempo se vai passando, entretemos-nos com outras coisas, e por fim chegou a hora de jantar e já nos não apetece mais...
Lembrem-se a proximas vez que tirarem um iogurte...
...Carpe Diem

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