sexta-feira, 12 de janeiro de 2007

Pagar para matar?

Queria dar a resposta ao meu colega do penso-logo-resisto.blogspot.com sobre a afirmação do Sr. Ministro da Saùde de que os aborto seriam realizados por hospitais públicos e pagos pelo Sistema Nacional de Saùde.
O que a nossa constituição definiu, é que que o estado vê como sua função fornecer cuidados de saùde tendencialmente gratuitos. Até aqui concordo plenamente, acho que o direito à saùde é um dos direitos mais fundamentais de qualquer ser humano e por isso é justo que todos cidadãos contribuem, mesmo sendo felizardos de o nunca necessitarem. Até aqui então não haveria qualquer polémica, pois já hoje abortos são financiados e realizados em hospitais públicos. No entanto esses abortos são realizados, enquadrados na lei em vigor, por motivos de haver malformações graves do feto, de risco de vida para a mãe ou por ter sido vitima de uma violação, ou seja enquadram-se num cenário em que a grávida se encontra perante um situação cuja não provocou deliberadamente. Abortos como os movimentos do "sim", que resultam por razões diversas, lapsos na contracepção, acidentes, ou gravidezes que por alteraçõe das circumstâncias se tornam inconvenientes, para este caso não vejo razão ter que contribuir e desviar recursos escasos e importantos.
Claro que do ponto de vista económico é muito mais fácil pagar do herário público um aborto, do que manter por vezes durante anos uma criança em instituições, mas prefiro pagar para que possa viver, do que financiar que uma criança padeça por caso do erro de dois adultos.

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